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Comitê de Ensino
Cenário Atual
O Brasil vem passando gradualmente por mudanças importantes na formação em medicina.
O ensino médico em nosso país infelizmente passou por um processo de grande influência flexeneriana, com a divisão da pessoa em órgãos e sistemas, ocasionando não só o distanciamento com o ser humano integral, mas a perda de vínculo e, também, a perda da coordenação do cuidado executada pelos bons profissionais de saúde.
O distanciamento desses atributos levou consequentemente ao distanciamento da formação médica voltada para a Atenção Primária à Saúde (APS) na graduação e demérito daqueles que escolheram especializar-se nela, no tratamento integral do ser humano em toda sua complexidade: o Médico de Família e Comunidade.
Recentemente, algumas mudanças no currículo das escolas médicas, com a exigência de 30% da carga horária do internato na APS, tentam mudar a realidade da formação médica no Brasil.
Assim como a graduação, a Residência Médica em Medicina de Família e Comunidade (MFC) também vem passando por uma série de mudanças nos últimos anos. Um número muito grande de Programas de Residência Médica em MFC (PRM-MFC) foram abertos, destacando-se o incremento daqueles realizados em Redes de Saúde Municipal ou Estadual.
A promulgação da lei 12.871/2013, que dentre os seus aspectos, trata da obrigatoriedade de residentes de todas as especialidades médicas (execetuando 9 delas) passarem 1 ou 2 anos pela MFC, a concessão de bônus de 10% em pontos para provas de residência médica em outras especialidades após o término da residência médica em MFC, além dos programas de provimento de médicos, tais como PROVAB e Mais Médicos, impactam diretamente na escolha pela especialidade, formação e perpetuação de uma formação médica padrão-ouro.
A todo esse contexto, somam-se a preocupação com a existência de preceptores com formação adequada para tutorarem os residentes, a estrutura de ensino nas unidades de saúde de todo Brasil (grandes contrastes) e, por fim, a formação continuada do jovem MFC, que, muitas vezes, ao sair do âmbito universitário para o mercado de trabalho, acaba desatualizado, pelo rápido avanço da medicina em si e pela privação de recursos informacionais.
Objetivos
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Lutar pela garantia de formação adequada do Estudante de Medicina com bases sólidas na APS, levando-o a vislumbrar a importância como ordenadora do Sistema Único de Saúde (SUS) e na importância do profissional qualificado, resolutivo e humano dentro desse contexto.
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Lutar pela garantia de formação adequado do Residente em MFC, agindo de maneira protagonista junto à SBMFC, entidades de classe e instituições governamentais de maneira isenta e independente, focando sempre no objetivo precípuo da educação de qualidade, formação-ouro na especialidade e, de maneira direta, melhoria de acesso qualificado e integral para a população brasileira.
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Incentivar a formação continuada do Jovem MFC, trabalhando em conjunto com a SBMFC e outros meios de formação e informação (inclusive utilizando telemedicina), desde que sem conflitos de interesse.
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Estabelecer contato direto com os PRM-MFC (residentes/preceptores/tutores/coordenadores) de todo Brasil, realizando diagnóstico, amparando nas dificuldades e auxiliando a transpor as barreiras que ensino médico brasileiro e a estrutura da APS brasileira nos impõem.
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Promover, juntamente com o Comitê de Pesquisa, eventos científicos e estimular a produção de qualidade nessa área, com benefício à MFC e, principalmente, aos usuários e pacientes.
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Estar atento às iniciativas e inovações internacionais em educação na MFC, trabalhando em conjunto com o Comitê de Intercâmbio e Comitê de Comunicação para contatar, aprender e difundir novas técnicas de ensino e pesquisa.
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Trabalhar em conjunto com o Comitê de Saúde do Jovem Médico, estimulando a educação em saúde, não somente para quem é tratado, mas também para quem trata.
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